Basta um vôo de cerca de
duas horas para que mais da metade de um sonho esteja realizado. Ao chegar a
terra dos Keane, começamos a sentir uma atmosfera diferente, uma mistura de
ansiedade com uma alegria desesperante. A Inglaterra excita o coração de qualquer
pessoa que mantém viva a juventude. Roupas, aparências, pessoas, comidas, paisagens,
tudo tão singular, e coabitando em simetria entre o antigo e o moderno. É dali quem
vem a banda que passamos dias, meses e anos a admirar.
Viagem a Bexhill
Desde
que surgiu a música Sovereign Light Café, ainda durante a tour Perfect
Symmetry, onde ela foi tocada algumas vezes, surgiu uma imensa vontade de um
dia visitar este local … depois que o vídeo foi lançado essa vontade tornou-se
cada vez mais forte e foi então que decidimos incluir esse passeio na nossa aventura
em terras britânicas!
Conseguimos
lá chegar, entramos e rapidamente arranjamos uma mesa e começamos a analisar o
local, descobrimos a mesa onde costumavam sentar, e assim que ficou vaga,
corremos para lá, fomos super bem atendidas, a senhora dona do café, a dona
Stella, uma simpatia, adorou saber que eramos fãs de Keane e que vinhamos de
Portugal e ainda nos mostrou algumas
fotos que a banda em agradecimento assinou e lhes ofereceu. Ali ficamos algum
tempo, observando, conversando, comendo o famoso “Fish & Chips”, e sonhando
com os concertos que ainda viriam …
"fotografia exposta no café com uma mensagem para todos os visitantes"
8 de Junho
Enquanto estavamos na
fila, avistamos uma pessoa que se aproximava a pé, provavelmente vindo do metro.
Ele vinha de óculos e mochila nas costas e uma pasta nas mãos, e quando nos demos conta, fomos
surpreendidos, era simplesmente Tim Rice-Oxley, que muito docemente
cumprimentou-nos com um “Hello guys”.
Não após muito tempo passa por nós o fotógrafo amigo da banda,
responsável pela artwork no novo álbum Strangeland, Alex Lake, como sempre
muito querido e simpático veio cumprimentar-nos e perguntar como estávamos, e
comentou sobre o tempo que realmente estava muito chuvoso, como se isso fosse novidade por lá. Após a passagem de
Alex, fomos outra vez surpreendidos pela passagem de Tom Chaplin, dentro de um
táxi, que olhou-nos com um ar de satisfação e alegria. Após este momento, foi
a vez de Jesse Quin passar por nós, e
também vinha descontraído com o seu chapéu preto e Ray Ban, caminhando pela rua
e cumprimentou-nos com sua simpatia (e ia a andar bem rápido pois o mesmo
disse-nos que estava atrasado). Ficamos aguardando Richard passar também, mas ele avisou através do twitter que estava adoentado e não podia apanhar frio e por isso não iria a fila nos cumprimentar, como sempre muito atencioso!

As 19 hrs em ponto deu-se
a aberturas das portas, a entrada foi tranquila, éramos orientados por uma
vasta equipa de seguranças que não permitia qualquer tipo de correria, ainda
mais que a Brixton Academy é extremamente escura e pouco víamos o chão que pisavamos. Já dentro da sala, o nosso lugar estava garantido, a bandeira de Portugal na grade, tudo a postos, era
só esperar mais um bocado para o espetáculo começar ...
Às 20 hrs, a banda de
abertura Zulu Winter entrou em palco, que com uma energia muito boa e um som
espetacular, conseguiu aquecer o público ansioso pela entrada dos Keane. Quem não conhece, vale a pena conferir. Após meia hora de concerto, os Zulu
Winter deixam o palco com muitos agradecimentos ao público e aos Keane pela
oportunidade. Após mais meia hora, exatamente as 21hs, toda a ansiedade é
substituída por um euforia coletiva, ao som da música Baby Missiles da banda
americana The War on Drugs e com as luzes ainda apagadas, finalmente os Keane
aparecem num clima de magia, e a felicidade e a emoção com que sobem ao
palco contagia logo de inicio o público. E começa o concerto...
Começam o espetáculo com You Are Young, que demonstra desde o ínicio ser uma canção poderosa ao vivo, a emoção com que Tom Chaplin entoa cada frase desta letra marcante, é absurda, e quase sempre olhando para o público, alternando apenas alguns momentos em que troca olhares e sorrisos com os seus companheiros em palco.
Logo de seguida "partem
tudo" com Day Will Come que com certeza é um dos momento mais vibrantes do
concerto, esta música ao vivo é contagiante, vibrante, da vontade de cantar aos
gritos junto com a banda, que também não fica atrás na euforia.

Perfect Symmetry foi
igualmente especial, é sempre com muita emoção que Tom Chaplin interpreta esta
canção, quase sempre procurando alguém no público para trocar olhares, que
faz qualquer mortal tremer nas bases, tamanha a profundidade com que ele penetra
nos nossos olhos. Também tivemos direito a algo que ele já não fazia há algum
tempo, descer até as grades no refrão “wrap yourself around me” e praticamente
se atirar ao público, coincidência ou não ele veio exatamente onde estava a nossa bandeira de Portugal, os dois dias ... é sempre emocionante tê-lo tão perto, a cantar com tanta
emoção.

Especial destaque para Neon
River e Sea Fog, que se no álbum já demonstram serem canções cheias de magia,ao vivo ficam qualquer coisa de espetácular, o coro em Neon River é de fazer ficar com pele de galinha ...
Já perto do fim não
podiam faltar as já carimbadas, Somewhere Only We Know e Bedshaped, cantadas
letra a letra, por cada um dos presentes na sala, em alto e bom som, sob o olhar
atento e emocionado da banda.


O concerto terminou já no encore com a delirante Crystal Ball, havia ainda lugar para uma outra canção no alinhamento que não foi tocada, pois não houve tempo, visto que, entre as canções, o público não parava de entoar gritos e coros de satisfação em meio a palmas, palavras, e olhares emocionados da banda.
9 de Junho

Tudo a postos e lá estava a banda de novo em palco, cheios de disposição para nos brindar com mais um espetáculo único!


A banda esteve sempre atenta a tudo que se passava no público, atenta aos cartazes que os fãs traziam, as bandeiras de vários países, Tom Chaplin faz questão de ler todos e agradecer, citando a nossa bandeira de Portugal em tom de agradecimento pelo apoio, ele estava atento a tudo, a todos os cartazes, inclusive os que não eram pra ele, como os muitos pedidos ao Rich pelas baquetas, que ele gentimente atendeu entregando em mãos cada uma delas, e uma carta para o Tim que atiraram no palco, Tom fez questão de ler as primeiras linhas, arrancando sorrisos do Tim ... neste dia também tivemos direito a uma maior proximidade com Tom Chaplin que muito empolgado veio novamente as grades sentir a energia do público mais de perto, e por momentos permaneceu ali de costas para o público, apoiado no palco, virado pra banda, assistindo, como se fosse apenas mais um fã ... Jesse Quin decidiu acompanha-lo nesta aventura, e também desceu até as grades e veio sentir mais de pertinho a nossa energia, tudo isso sob os olhares atentos de Richard e Tim que se calhar, desejariam fazer o mesmo, se lhes fosse possível ...
E terminaram mais uma vez com Crystal Ball, que sinceramente, é a canção perfeita
para se terminar um concerto, deixando o público com a adrenalina a mil.
Ao sair
do recinto as pessoas ainda carregavam um sorriso rasgado no rosto, e com certeza, o desejo de os ver de novo, muito em breve!
"fotografia tirada do palco pelo bateirista Richard Hughes"
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