segunda-feira, 19 de julho de 2010

*Review* KEANE - SUPER BOCK SUPER ROCK

KEANE - SUPER BOCK SUPER ROCK

Muitas eram as espectativas em torno deste concerto, muito em especial, porque a banda já tinha vindo ao mesmo festival em 2006.
O concerto para muitos dos fãs teve uma setlist muito bem conseguida apesar de ter "sabido a pouco", pois muitos esperavam ouvir mais temas do novo EP da banda Night Train.
Uma hora e quinze minutos, foi aproximadamente, o tempo de duração do tão aguardado concerto dos Keane o que deu espaço para 16 canções.

Para os fãs que não puderam comparecer ao recinto foi disponibilizada pela internet parte do concerto, no facebook da organização e no site da Universal, e através da SIC Radical o restante, as três ou quatro músicas finais. Para muitos foi uma boa alternativa, mas os que lá estiveram afirmam com toda a certeza que foi um grande concerto que "as câmaras e as mesas de mistura não conseguiram captar" a grande e positiva energia da banda!
 
Com pontualidade britânica, os Keane entraram em palco por volta das 22h40, ao som de "House Lights", o instrumental de abertura do "acabadinho de sair" Night Train.

"Again and Again" foi a porta de abertura para a festa com 22 mil pessoas, que prometia ser de arromba, com os fãs em sintonia com os membros da banda, que esboçaram muitos sorrisos durante todo o espectáculo, onde era notória toda a felicidade e alegria de estar de volta ao país que segundo Mr. Chaplin "têm um lugar muito especial no coração deles".

"Bend And Break" aqueceu ainda mais a festa, um dos muitos momentos em que Tom Chaplin fica cara a cara com o público, olhando nos olhos tentando captar toda nossa energia ...

"Everybody's Changing"  um dos grandes êxitos da banda ecoou por todo o festival a plenos pulmões e acredito "em altos decibéis" através da sincronização do público, ficando  Tom Chaplin boquiaberto e maravilhado com a energia do público português.


"Nothing In My Way" é uma canção bem conhecida entre os fãs dos Keane, mas isso não a torna menos apetecível ao vivo, pelo contrário, torna-a cada vez mais interessante e bem sucedida cada vez que os Keane a tocam, e em Portugal isso não foi excepção, como se pôde comprovar nos diversos vídeos "caseiros" do concerto.

"This Is The Last Time" foi um regresso às origens, ao início da banda. É sempre um grande momento a troca de olhares entre Tom e Tim no ínico da canção.

Tom Chaplin surpreendeu ao cantar de forma bastante própria e característica a música, originalmente partilhada com o artista rapper K'Naan, "Stop For A Minute", que para muitos fãs será um grande "hit de verão" e têm tudo para ser um êxito, se já não é, foi inquestionável um dos muitos momentos altos do concerto, e do dia!
No final desta mesma música, o público surpreendeu de forma muito origianal a banda ao cantar a parte inicial da canção "ooh uh oh (...)" de tal forma, que deixou todos os membros da banda maravilhados, o momento tornou-se aindam mais especial com a espectacular e inesperada participação do baterista Richard Hughes que acompanhou os fãs, com a sua bateria. Levando toda uma audiência ao rubro!

"You Haven't Told Me Anything" é uma das músicas alternativas da banda e que ao vivo torna-se mais poderosa,  com a performance de Jesse Quin, que troca o seu baixo pelo bongo, e a alegria do Richard a acompanhar toda a canção que têm uma energia espectacular e no final troca os drumsticks por botõezinhos que tornam o final da canção bem electrónico e diferente, para não falar do quão divertido é apreciar os  movimentos de Tim Rice-Oxley no seu piano.

"Spiralling" foi um grande momento que teve direito a coreografias espontâneas da parte do público e uma letra bem ensaiada, numa perfeita envolvência entre banda e público que arrancou vários sorrisos de Tim Rice-Oxley.

"Is It Any Wonder?" é o que se esperaria um êxito garantido, é a altura em que o Mr. Chaplin pede à audiência para o acompanharem e levantarem os pés do chão, sendo cumprido de forma exacta por todas as pessoas que estavam atentas ao concerto da banda. Momento de loucura total!

Foi tempo de acalmar e "A Bad Dream" abriu a série de músicas ditas "calmas", mais profundas e com uma grande carga emocional. Viu-se nesta altura muitos brilhozinhos nos olhos e muitas luzes e isqueiros no ar!

"Perfect Symmetry" foi para muitos um momento mágico, senão "O" momento mágico da noite, o poder que esta música têm ao vivo é muito evidente. A banda mostrou-se no seu nível mais elevado de talento. Uma energia inexplicável tomou conta de todo o local, de modo que houvesse uma "perfeita simetria" entre palco e platéia. Tom Chaplin cantou este tema absolutamente emocionado, fazendo com que o público ficasse completamente rendido. O coro feito pelos outros integrantes já quase ao final da canção, certamente provocou arrepio em muitos dos que assistiam a apresentação.


"Somewhere Only We Know" considerados pelos fãs como "o hino keneano" foi cantando  em alto e bom som, com direito ao habitual microfone para o público cantar.

"My Shadow" foi para a grande maioria, a surpresa da noite. E maior surpresa ainda, foi todos os presentes cantarem-na como se fosse um velho êxito.A música é lindissíma, e após a aura tão bonita e positiva sentida nessa noite, foi irredutívelmente o momento glorioso da noite!

"Crystal Ball" foi a explosão, "rebentou a escala" em todos os sentidos. Foi extraordinariamente especial, sentir toda o pó a levantar com os saltos dos fãs que teimavam em acompanhar Tom Chaplin, que mereceu todo o destaque que recebeu, toda uma onda de gente, cantar em uníssono uma canção que só por si já é poderosa.

"Bedshaped" ditou o fim deste grande concerto. É sempre especial e sempre diferente ouvir esta canção que após tantas tours se manteve no fim do alinhamento por muito tempo, voltar a fechar o concerto. Tom Chaplin e os restantes membros da banda agradeceram profundamente aos fãs e Tom desejou a todos um resto de bom fim-de-semana, despediu-se com um ATÉ BREVE!
Chega-se apenas a uma conclusão, Este concerto soou a pouco!

De destacar também a óptima organização do festival, que tinha tudo muito acessível e bem organizado. A única crítica que a grande maioria teve foi mesmo o deserto de poeira que reinava em todo o recinto! E que raio de espaço "VIP" era aquele?! o.O

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