domingo, 16 de agosto de 2009

Entrevista com Tom Chaplin


Há uns dias foi publicado no site oficial dos Keane, uma entrevista dividida em duas partes, onde o vocalista da banda britânica fala sobre diversos temas como música, cricket, inspirações e futebol.
O KeanePortugal decidiu traduzir e publicar aqui a respectiva entrevista.

Entrevista com Tom Chaplin, Parte I
entrevista original aqui


Com os Keane a irem para o Japão para começar a tour do Oriente no Festival Summersonic
amanhã (07/08/2009), ligámos (KM.COM) ao Tom no aeroporto para uma conversa...


Olá Tom, como estás?
Estou bem, obrigado. Estou, neste momento a comer um “pretzel” numa loja no Aeroporto de Heathrow. E acabei de comer no “Seafood Counter” também.

Podem os restaurantes como o “Seafood Counter” serem de confiança num aeroporto? Um avião será um péssimo lugar para se ter uma má disposição do estômago.
Bom, a minha teoria é que a maioria deve ser mesmo fresco. Se eles tivessem constantes problemas com as pessoas a ficarem doentes nos aviões, então já tinham fechado. Mas estava muito bom.

Então, vocês estão a caminho do Japão.
Sim, estamos. Via Seul.

Vocês tiveram umas semanas livres. Como foi isso?
Espectacular. E “Como foi isso?” é uma forma apropriada de perguntar, porque como a maior parte das pessoas sabe, sou um enorme fã de criquete, e eu adorei o facto de haver 5 dias de partidas-treino no meio das minhas férias. Eu sentei-me em casa e vi na TV. Inglaterra teve uma boa performance, mais uma vez.

Está a correr bastante bem aos “Ashes”.
Bom, a minha predição mantém-se que nós vamos entrar, de uma maneira ou de outra. De facto, da forma como o tempo tem andado, o resto será provavelmente sem chuva, nesse caso, nós iremos ganhar! Se bem que, a Beth estava a dizer que o tempo não iria estar melhor no Japão.


Fizeste alguma coisa mais recompensadora com a tua “folga” do que …

... estar com o traseiro sentado a ver TV? Na verdade, sim, por falar em criquete o Andrew Flintoff [jogador inglês] promoveu um grande encontro na fundação de caridade dele e ele perguntou-me se eu não queria ir até lá e tocar umas canções. Pareceu-me uma boa oportunidade para estar com alguns dos meus heróis. Os outros estavam fora – o Tim em Nova Iorque e o Richard estava fora num campo não sei onde – por isso, eu fui e toquei cinco canções sozinho. Fiz algumas em acústico e outras em piano. Foi muito estranho: todos estavam num género de baile a dançar This Is The Last Time! Mas foi muito engraçado.

O Andrew Flintoff é teu amigo?
Não exactamente um amigo, embora eu suponho que seja mais amigo agora do que era antes! Eu conheço algumas pessoas do Mundo do Criquete, embora, eu tenha ouvido no “grapevine” que eles estavam à procura de alguém para tocar algumas canções. Ele é grande amigo do Johnny Borrell, por isso, ele já levou os Razorlight a tocar também.

Era uma grande multidão?
Sim, cerca de 800 pessoas, acho. Foi bom. Tive uma boa conversa com alguns jogadores de Inglaterra.


Já jogaste alguma vez criquete com algum deles?

Por mais engraçado que seja, já. Eu costumava jogar quando era criança. Até aos quinze anos eu joguei por Sussex, por isso joguei contra pessoas com o Flintoff e Graeme Swann, que agora têm coisas mais espectaculares que eu.


Bom, tu também não estás mal de todo.

Haha! Sim, eu suponho que também tenha corrido bem para mim!

Eras um “batter” ou “bowler”?
Eu era um pouco dos dois. Penso que nessa idade muitos miúdos o são. Eu jogava tudo mas não era excelente em nenhum. Penso que por volta dos 15 ou 16, isso tornou-se evidente e foi o fim da carreira no cricket.

Continuas a jogar?
Na verdade, eu estava a jogar no jardim de casa, no outro dia, com a Nat. Nós estavamos a fazer passes um ao outro, mas a única bola que encontrei foi uma bola actual de cricket. Elas são bastante duras e pesadas, por isso, ela lesionou o tornozelo e eu tenho um enorme alto no meu pé!

Parece que tiveste uma boa pausa.
Sim, foi muito bom. Embora eu ache que seja um pouco complicado voltar à normalidade quando regresso da turné. Eu sempre tive problemas para dormir e normalmente ao voltar à minha vida sinto algum desconforto, porque não sei o que é suposto fazer! Nós fazemos muitas viagens e muitas mudanças, por isso estar sentado em casa alguns dias é um pouco estranho. É a primeira vez em algum tempo que eu fiz isso.

Você já se encontrou fazendo entradas dramáticas nas salas por volta das 9 da noite?
Sim! No meu roupeiro a cantar para uma escova de cabelo. Mas após a primeira semana, eu senti-me muito mais relaxado.

E agora sentes-te entusiasmado para os concertos que farás em todo o Mundo.

Sim, nós estamos mesmo ansiosos. Será óptimo voltar ao Japão e é a nossa primeira vez na Coreia do Sul, Hong Kong e Singapura. Faz-se sempre um concerto muito mais entusiasmante quando tens contacto com o desconhecido, porque tu não sabes mesmo como as pessoas vão reagir. Estou mesmo ansioso por isso.

Foi uma situação semelhante com os concertos do Dubai e Beirut – parece-me que eles foram óptimos.
Sim, absolutamente. No de Beirut foi particularmente memorável, apenas por causa do sítio e porque o público era jovem e vibrante. Foi emocionante, especialmente por cantar canções como Perfect Symmetry no contexto do lugar que tem seus momentos altos e baixos, toda agente junta, tudo harmonioso e feliz. Penso que todos nós ficámos particularmente tocados nesse momento. Foi absolutamente um dos concertos mais memoráveis que fizemos no último ano e meio.

Deve ter sido um contraste no Ibiza Rocks uns dias depois.
Sim, não poderia ter sido um lugar tão diferente. Mas também foi um concerto extraordinário. Não tenho a certeza porquê, mas faz-me sempre rir só de pensar nisso. Era uma loucura, um hotel e nós no meio daquilo. Eles diziam que não era comum para os actuais habitantes da ilha ver o Ibiza Rocks, e foi a nossa popularidade em Espanha que levou tanta gente local para nos ver. Eles e mais os jovens britânicos que estavam lá de férias, criaram uma atmosfera espantosamente encantadora. Eu realmente tinha esperanças de que nos estavamos ali para aquece-los para o que seria, uma das melhores noites da vida deles. Eu não dei um passeio em Ibiza nessa noite, porque eu tinha de viajar logo para casa, mas por um momento consigo imaginar uma saída à noite em Ibiza. Penso que toda a gente estava contente e todos entraram nessa onda.

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